Infelizmente escrever este tipo de post tem se tornado frequente e é imensamente perturbador ter que escrever sobre o seu herói, especialmente quando ele nos deixa.
Confesso que não havia acompanhado os noticiários do final da noite deste último domingo, 10. Hoje pela manhã, no rádio, ouço a notícia que um de meus heróis havia nos deixado. David Robert Jones, mundialmente conhecido como David Bowie.
Foi o ultimo trabalho de nosso herói que lutou contra o seu maior inimigo havia 18 meses. Bowie estava com câncer.
A notícia oficial veio por uma nota em sua página no Facebook, “David Bowie morreu em paz hoje cercado por sua família após uma corajosa batalha de 18 meses com câncer. Enquanto muitos de vocês vão compartilhar essa perda, nós pedimos que respeitem a privacidade da família durante o seu tempo de luto”, diz o comunicado publicado na rede social.
O filho do artista, o cineasta Duncan Jones, também confirmou a informação para a rede de TV britânica BBC.
David Bowie foi um artista completo, cantor, compositor, ator e foi um dos maiores influenciadores da moda e da arte.
Ganhou popularidade mundial em 1969 com “Space Oddity”, uma mítica balada sobre a história de Major Tom, um astronauta que se perde no espaço.
Em 1972, lançou “The rise and fall of Ziggy Stardust and the spiders from Mars”, em minha opinião, uma das maravilhas da humanidade, um disco no qual relata a inverossímil história do personagem Ziggy Stardust, um extraterrestre bissexual e andrógino que virou estrela do rock e mostrava duas paixões do artista: o teatro japonês kabuki e a ficção científica.
Bowie tem uma carreira imensa e repleta de grandes sucessos como “Let’s Dance”, “Space Oddity”, “Heroes”, “Under Pressure”, “Rebel, Rebel”, “Life on Mars” e “Suffragette City”.
Como ator, há também uma filmografia extensa com mais de 20 filmes, incluindo um documentário “David Bowie (1979)” e um filme que particularmente amor de paixão, “Labyrinth (Labirinto – A Magia do Tempo, 1986, infantil/musical)” e sua brilhante música tema: “As The World Falls Down”, uma preciosidade.
Quando se trata de um grande herói, há muito que ser dito, suas as influências, os influenciados, as obras e sua vida quase mutante, característica que deu a ele o apelido de “Camaleão do rock”.
Sim, nós podemos ser heróis por apenas um dia, porém, um verdadeiro herói, tem atributos necessários para superar de forma excepcional qualquer problema,
até a morte, por isso acredito que o “Camaleão” acaba de se adaptar para a morte, e sua presença estará sempre ativa entre nós.
“Oh we can be Heroes, just for one day” (Heroes)
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